O ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que também é conhecido por ser sócio das rádios Gravatá FM e Maragogi FM, além de fundador e sanfoneiro da banda Brucelose, foi preso nesta sexta-feira (13) em Recife (PE). A ordem de prisão foi expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A prisão ocorre no contexto de uma investigação que apura uma suposta tentativa de facilitar a fuga de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, do território brasileiro. De acordo com a Polícia Federal e a PGR, há indícios de que Machado teria atuado na tentativa de obtenção de um aporte português para Cid, o que permitiria sua saída do país em meio às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.
O caso ganhou novos desdobramentos na última terça-feira (10), quando a PGR encaminhou ao Supremo Tribunal Federal um pedido formal de abertura de inquérito contra o ex-ministro. No documento, o órgão também solicitou a realização de buscas e apreensões, bem como a quebra de sigilo telefônico e de mensagens de Gilson Machado, com o objetivo de aprofundar as apurações.
Segundo informações divulgadas pelo UOL, a Polícia Federal identificou a tentativa de emissão do documento internacional durante as diligências relacionadas aos inquéritos que investigam a articulação de atos antidemocráticos. Para os investigadores, essa ação configuraria uma tentativa de obstrução do julgamento da tentativa de golpe de Estado no STF.
Até o momento, a assessoria de Gilson Machado limitou-se a informar que aguarda orientações e informações oficiais de sua equipe jurídica.
